As fontes da felicidade



O sistema em que vivemos, que está diariamente nos dizendo o que fazer e como fazer através da mídia e outros meios de comunicação, está sendo imposto a nós um padrão de felicidade. Uma felicidade individualista que nos torna indivíduos mecanizados, passivos e acomodados.
Felicidade hoje é sinônimo de riqueza, bens materiais e luxo. A perspectiva de vida feliz nos induz a trabalhar como escravos do capitalismo e do consumo. A preocupação do bem-estar individual já não esta mais direcionada ao nosso ser interior. É bem melhor dar um falso sorriso para o chefe de manhã e passar uma falsa impressão de satisfação com o trabalho do que fazer o que realmente nos alivia e faz bem. Sem dúvida, esse é o motivo de tanto stress, mau humor e insatisfação pessoal, cujos problemas já existem remédios, livros de auto-ajuda, justamente pra completar a vida mecanizada.
No entanto, é de suma importância que o individuo deixe de lado o racionalismo excessivo e comece a se preocupar com o prazer verdadeiro. Compreender-se espiritualmente, ter consciência de que nos libertaremos do corpo material, que é na verdade uma falsa designação do ser, seja ele americano, brasileiro ou indiano, na essência, somos todos almas puras. Como já disse Dalai Lama, no livro “A arte da felicidade”: “o propósito da nossa existência é buscar a felicidade que é determinada mais pelo estado mental do ser do que por acontecimentos externos”.
Deste modo, se não efetuarmos transformações no nosso modo de pensar, continuaremos agindo como máquinas, aceitando a manipulação e os padrões que nos reprimem. Só será possível alcançar a verdadeira felicidade se dermos valor ao nosso ser, e buscar dentro de nós a compreensão da alma espiritual, que é sintoma da nossa verdadeira identidade.


chikkaluna;

Vaso rachado,



Sem se dar conta do real sentido,
Carregando vasos pesados,
Pesados de tudo.
Rachando aos poucos,
Tudo vai se esvaindo.
Na chegada estará vazio, o vaso.
No entanto no caminho
Haverá rosas.
No fim existem rosas,
Cultivadas nas andanças.


chikkaluna;

Manhã



Dentro do caos urbano que se inicia desde quando o galo canta, uma música esta prestes a tocar. Ela vai me dizer que “here comes the sun”, ainda não, porque enquanto isso, lá fora, se encontra o fim de um ciclo lunar. Amanhã não verei a mesma lua, assim como pessoas e coisas não serão as mesmas amanhã. Não tenho outra escolha, se não, levantar. Sem querer dar adeus aos meus fiéis amigos. Chatos são os minutos em que tenho de encontrar os panos e me vestir. Penso que, se tivesse ¼ do que tenho seria mais fácil. Mas enfim, a melhor hora, porém a mais corrida é quando sinto que o ânimo ainda pode chegar quando ainda se tem alguns minutos pra comer. Em cima da hora, queimando meu esôfago, aquele café forte que desce acordando todo mundo. O pãozinho francês caiu como se fosse mãe, substituindo tudo que falta. Desculpem-me o exagero na comparação, mas demasiada fome me passa pela manhã.


chikkaluna;

Onde,



Escuto o eco da minha voz,
Que bate em um vazio sem fim,
Volta sem que haja resposta.
A incerteza de um caminho,
Sem direção ao certo.
Tento entender,
Se foi e não mais voltou,
Ou nunca se foi e parece nunca ter chegado.
Tão longe.
Onde estás agora que não responde?


chikkaluna;